Conflito entre Israel e Líbano ameaça transbordamento da guerra na Faixa de Gaza

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e o principal diplomata da União Europeia, Josep Borrell, estiveram na região em missões separadas para tentar impedir que o conflito entre Israel e o Líbano transborde para outras áreas. A guerra na Faixa de Gaza, que já dura três meses, ameaça se espalhar para o Líbano, a Cisjordânia ocupada e as linhas marítimas do Mar Vermelho.

Neste sábado, sirenes de foguete soaram ao norte de Israel, quando o Exército do país detectou cerca de 40 lançamentos vindos do Líbano contra a região de Meron. Felizmente, não há relatos de vítimas ou danos causados por esses ataques.

O grupo Hezbollah afirmou ter atingido um importante posto de observação israelense com 62 foguetes, em uma “resposta preliminar” à morte do vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, na terça-feira. A tensão na região aumentou desde a morte de Arouri, que ocorreu por meio de um drone nos subúrbios de Beirute, reduto do Hezbollah, aliado libanês do Hamas, em um ataque atribuído a Israel.

Por sua vez, o grupo islâmico libanês Jama’a Islamiya afirmou ter atirado duas rajadas de foguetes neste sábado contra Kiryat Shmona, no norte de Israel. Essa é a terceira operação reivindicada pelo grupo militante sunita desde 7 de outubro. Em resposta, as forças israelenses atacaram a “célula terrorista responsável pelos lançamentos” com um drone.

A preocupação é que o confronto entre Israel e o Líbano se intensifique e atinja outras áreas da região, agravando ainda mais o quadro de guerra. Blinken e Borrell estão empenhados em buscar uma solução diplomática para evitar esse desfecho e preservar a segurança na região.