Pequenas e médias empresas já podem migrar para o Mercado Livre de Energia a partir de 2024, trazendo redução de custos.
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Antes dessa abertura, essas empresas tinham que se submeter ao mercado regulado, também conhecido como mercado cativo, e a compra de energia era apenas com a distribuidora local. Até o final do ano passado, somente os consumidores com demanda de no mínimo 500 kilowatts podiam participar do mercado livre.
Segundo a administradora Daniela Alcaro, sócia da Stima Energia, empresa comercializadora de energia, a partir de 2024, todos os consumidores que estiverem ligados em alta tensão poderão ser livres, independentemente da demanda contratada. Essa mudança representa uma grande oportunidade para os 200 mil consumidores conectados em alta tensão, 37 mil dos quais já estão no mercado livre e as restantes 72 mil unidades mostram interesse em migrar.
Além disso, a migração para o mercado livre representa uma redução nos custos com a energia, já que os contratos de geração de energia são mais baratos do que os atuais no mercado cativo. Outra vantagem é a previsibilidade, uma vez que no ato da compra já se sabe quanto será pago pela geração.
A abertura do Mercado Livre de Energia para os clientes conectados em alta tensão é vista como um passo importante e representa uma oportunidade para a expansão permanente do mercado. O presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Alexandre Ramos, destacou a importância dessa abertura para o setor elétrico nacional e reforçou o compromisso da CCEE em trabalhar para que a migração das empresas para o mercado livre ocorra de forma simples, eficiente e segura.
Em suma, a abertura do Mercado Livre de Energia para consumidores conectados em alta tensão abre novas oportunidades para as empresas, possibilitando que elas reduzam seus custos com energia e tenham mais liberdade na escolha de fornecedores e negociação de contratos de geração de energia.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) foi criada em 2004 para viabilizar o comércio de energia elétrica no mercado livre do Brasil e trabalha em conjunto com o Ministério de Minas e Energia, a Aneel e os agentes de mercado para garantir a abertura do mercado de forma contínua, previsível e sustentável para o setor elétrico nacional.