Após uma série de ataques aéreos e combates relatados na área de Kkan Younis na quinta-feira, as forças militares israelenses não emitiram nenhum comentário imediato. Moradores de Gaza também relataram bombardeios mais pesados do que nos dias anteriores, atingindo três campos de refugiados, aprofundando a preocupação internacional com a disseminação do conflito para além de Gaza.

À medida que a guerra entre Israel e o Hamas se aproxima da marca de três meses, cresce o temor de que o conflito se espalhe para a Cisjordânia ocupada, as fronteiras entre Líbano e Israel, e as rotas marítimas do Mar Vermelho. Os receios aumentaram após um ataque de drone na terça-feira que matou o vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, em Beirute, capital do Líbano. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, prometeu uma resposta ao assassinato, afirmando que sua milícia apoiada pelo Irã “não pode ficar em silêncio”.

Em uma entrevista, Nasrallah declarou que suas forças lutariam até o fim se Israel decidisse estender a guerra ao Líbano, porém evitou fazer ameaças concretas de agir contra Israel em apoio ao Hamas. O porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, se recusou a comentar sobre as preparações de Israel para uma possível resposta do Hezbollah, afirmando apenas que as forças israelenses estão “concentradas na luta contra o Hamas”.