Após apoio de Lula, vereadores de SP buscam instaurar CPI para investigar padre Julio Lancelloti e ações na Cracolândia.

Sem mencionar diretamente a possível CPI que visa investigá-lo, Lula publicou uma foto ao lado do religioso e fez questão de destacar o trabalho realizado por ele, ressaltando sua dedicação em proporcionar dignidade, respeito e cidadania às pessoas desamparadas. O presidente elogiou a atuação de Lancelloti e da Diocese de São Paulo, ressaltando a importância do amparo fornecido aos que mais necessitam.
A possível CPI que incrimina o padre Lancelloti tem como objetivo investigar Organizações Não Governamentais (ONGs) que fornecem alimentos, utensílios para uso de substâncias ilícitas e tratamento aos grupos de usuários da Cracolândia. O requerimento para a criação da CPI já obteve o número necessário de assinaturas e foi protocolado na Câmara Municipal em dezembro de 2023.
No entanto, a instalação da comissão não é imediata, pois há outras proposições de CPIs na fila e o requerimento ainda precisa ser aprovado em plenário, o que deve ocorrer somente após o recesso legislativo em fevereiro.
O autor da proposta, vereador Rubinho Nunes, direciona a atenção da CPI para a atuação de Lancellotti e do movimento A Craco Resiste, acusando-os de lucrar politicamente com a situação da Cracolândia. Em resposta, o padre Julio Lancellotti afirmou que não pertence a nenhuma organização que utilize convênio com o Poder Público Municipal e que a Pastoral de Rua é uma ação pastoral da Arquidiocese de São Paulo.
Por sua vez, o movimento A Craco Resiste enfatizou que não é uma ONG e atua na frente da redução de danos, vínculos culturais e de lazer, denunciando a política de truculência e insegurança promovida pela prefeitura e pelo governo do estado.
A situação envolvendo a possível CPI para investigar o trabalho do padre Julio Lancelloti continua gerando polêmica e discussões, enquanto o religioso e seus apoiadores defendem a legitimidade de suas ações e a importância de seu trabalho na região da Cracolândia.