
Julgamento em Hong Kong: 14 ativistas considerados culpados de subversão
No maior julgamento contra ativistas pró-democracia em Hong Kong desde a imposição da lei de segurança nacional pela China, um tribunal local considerou nesta quinta-feira (30) 14 pessoas culpadas de subversão. Esta decisão representa um marco significativo no cenário político recente da cidade semiautônoma.
Além dos 14 réus condenados, outros 31 já haviam se declarado culpados no mesmo processo. Ambos os grupos agora enfrentam a possibilidade de penas de prisão perpétua, com as sentenças sendo anunciadas ainda este ano, aumentando a tensão no cenário político de Hong Kong.
O julgamento ocorre como resultado da imposição, em 2020, da lei de segurança nacional pelo governo central de Pequim em resposta aos protestos pró-democracia que agitaram a cidade no ano anterior. Os protestos, marcados por grandes manifestações e alguns episódios de violência, tiveram um impacto profundo no cotidiano e na economia de Hong Kong, levando a China a buscar medidas mais rígidas para conter o movimento.
O veredito do tribunal foi recebido com reações mistas pela população, com grupos de defesa dos direitos humanos condenando a decisão como um ataque à liberdade de expressão e protesto, enquanto apoiadores do governo chinês enxergam a sentença como um passo crucial para garantir a estabilidade e a ordem em Hong Kong.
Diante deste cenário, o futuro político da cidade continua incerto, com muitas incertezas sobre o impacto dessas condenações no movimento pró-democracia e na vida dos cidadãos de Hong Kong. A comunidade internacional também observa com atenção os desdobramentos deste julgamento e seu reflexo nas relações entre China e Hong Kong.