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STM é acionado no STF por descumprir decisão de liberação de áudios de sessões da ditadura; corte militar nega omissão.






Decisão do STM sobre áudios de sessões da ditadura será questionada novamente no STF

Decisão do STM sobre áudios de sessões da ditadura será questionada novamente no STF

O STM (Superior Tribunal Militar) deve ser acionado mais uma vez junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) por supostamente descumprir uma decisão que determinou a liberação, na íntegra, de áudios de sessões realizadas durante a ditadura (1964-1985). A corte militar nega praticar omissão ou censura.

A reclamação será apresentada pelo advogado Fernando Fernandes, que há décadas se dedica a esmiuçar áudios de julgamentos do STM e trava uma batalha judicial em torno deles.

Criador do portal Voz Humana, Fernandes diz ter descoberto recentemente que a gravação de uma sustentação feita pelo advogado e dramaturgo Idibal Matto Pivetta junto à corte castrense está desaparecida. A ausência teria sido notada após uma entrevista concedida pelo ex-ministro José Carlos Dias ao projeto.

Defensor de perseguidos do regime, Pivetta foi levado por militares e torturado, permanecendo preso por 67 dias. Segundo registros, agentes da repressão teriam plantado documentos ditos subversivos em seu carro e em seu escritório para simular que ele era também integrante de uma organização clandestina.

As provas não foram reconhecidas, e Pivetta acabou sendo absolvido em primeira instância. O regimento da época, contudo, determinava que o Ministério Público Militar era obrigado a recorrer, e o caso foi levado ao STM. Na corte superior, o advogado fez sua própria defesa em 16 de setembro de 1975.

Segundo Fernandes, contudo, apenas a gravação do início da sessão foi disponibilizada pelo tribunal castrense, não sendo possível localizar a sustentação oral feita por Pivetta.

A abertura dos arquivos sonoros contendo julgamentos de presos políticos e militares da ditadura foi determinada pelo plenário do STF em 2017. No início de 2023, porém, o grupo de pesquisadores liderado por Fernandes identificou supostas gravações faltantes durante o trabalho de fichamento e transcrição dos processos —e acionou o Supremo. O processo é relatado pela ministra Cármen Lúcia.

“Pedimos acesso ao material original para que a gente possa examinar e produzir a pesquisa a partir dele. Agora, nós descobrimos mais uma coisa faltando. Isso mostra que estamos tratando de um material que existe e não foi disponibilizado”, afirma o advogado Fernando Fernandes.

CELEBRAÇÃO

A apresentadora e modelo Luciana Gimenez compareceu à festa 300 Al Mare, realizada no Serena Hotel, em Punta Del Este, no Uruguai, na semana passada. O jogador de futebol Gabriel Barbosa, o Gabigol, o empresário Rodrigo Bili e a influenciadora Amanda Wikhel passaram por lá. O evento é organizado pelo grupo Te2, dos empresários Tiago Escher e Marcos Paulo Magalhães.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH


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