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ANL, uma frente antifascista de luta por um governo popular no Brasil em 1935: programa político e estratégia revolucionária.




Texto Jornalístico

Em meio a um cenário marcado pela ascensão do nazifascismo e pela política da IC de frente popular, diversos setores do movimento tenentista e intelectuais democratas se uniram para criar a Aliança Nacional Libertadora (ANL) no final de 1934. Mesmo com resistência inicial dentro do próprio PCB, a ANL foi abraçada ao longo de 1935 como central na política do partido visando à edificação de uma frente nacional antifascista, anti-imperialista e anti-feudal.

A ANL, constituída para defender a liberdade e a Emancipação Nacional e Social do Brasil, teve seu estatuto aprovado em 12 de março de 1935. Diversas organizações de base se uniram à causa, mobilizando milhares de pessoas, enquanto que, no lado oposto, a Ação Integralista Brasileira, dirigida por Plínio Salgado, também reunia apoio em setores da sociedade.

O programa político da ANL tinha como objetivo principal a formação de uma frente única nacional contra o imperialismo estrangeiro e o fascismo, além de garantir um governo baseado no povo, a exclusão dos “agentes imperialistas” e a participação de todas as camadas sociais. As reivindicações propostas incluíam interesses dos trabalhadores e propostas para atrair a pequena-burguesia. No campo, a ANL prometia expropriar apenas os proprietários rurais feudais e acabar com a submissão medieval ao grande proprietário.

Em julho de 1935, Prestes lançou o manifesto “Todo o poder à Aliança Nacional Libertadora”, que reforçou os elementos básicos do Programa. Contudo, o levante revolucionário antifascista conhecido como “Intentona Comunista” acabou sendo derrotado, levando Vargas a iniciar uma repressão brutal aos comunistas e outros partidos.

Após a queda do governo Vargas, o Brasil passou por um breve período de democracia burguesa, no qual o PCB se tornou um grande partido de massas. Contudo, o partido foi colocado na ilegalidade em 1947, dando início a uma nova onda de repressão. Com a derrubada do governo, o Brasil se tornou mais urbano-industrial, com maior complexidade em sua estrutura de classes e crescimento quantitativo do proletariado.

O IV Congresso do PCB, realizado em 1954, marcou a tentativa do partido de sintetizar toda sua experiência histórica e expor os fundamentos teóricos da estratégia democrático-nacional. Esta estratégia, juntamente com a atuação da classe trabalhadora, será o objeto de atenção da próxima parte deste ensaio.


Notas:

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