Reajuste do salário mínimo terá impacto significativo na economia brasileira, aponta estudo do Dieese
Segundo o Dieese, cerca de 59,3 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo. Com o reajuste, a entidade estima um incremento da renda anual de R$ 69,9 bilhões. Esse aumento na renda representa um impulso significativo para a economia do país, visto que o consumo tende a aumentar, movimentando diversos setores e contribuindo para o crescimento global.
Além disso, o Dieese estimou um aumento de R$ 37,7 bilhões na arrecadação tributária anual sobre o consumo como reflexo desse reajuste do mínimo. Isso demonstra que as mudanças no salário mínimo têm impacto direto não apenas na vida dos trabalhadores, mas também nas receitas do governo.
A partir de 1º de janeiro de 2024, o salário mínimo oficial do Brasil será de R$ 1.412, o que representa um ganho real de 5,77%, de acordo com a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse aumento nominal de 6,97% aliado a um INPC de 1,14% entre maio e dezembro revela um cenário promissor para os trabalhadores que recebem o salário mínimo.
A política de valorização do salário mínimo também foi analisada pelo Dieese, que a considera um dos fatores mais importantes para o aumento da renda da população mais pobre. A entidade destaca que a valorização do salário mínimo induz à ampliação do mercado consumidor interno, fortalecendo a economia brasileira e reduzindo as desigualdades salariais entre homens e mulheres, negros e não negros, e entre regiões do país.
Essa avaliação aponta para a importância de políticas salariais que valorizem o trabalho e promovam uma distribuição de renda mais equitativa. O reajuste do salário mínimo é um passo significativo nesse sentido, contribuindo para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e para o fortalecimento da economia como um todo.
