Em um texto recente, o presidente argentino, Javier Milei, afirmou que não considera “oportuna” a adesão de seu país ao grupo para o qual foi convidado em agosto, juntamente com outros quatro países. Esta recusa não foi uma surpresa para o governo brasileiro, uma vez que a nova ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, já havia adiantado que seu país não iria aderir ao bloco durante uma visita ao Brasil no mesmo mês.
No entanto, o que realmente surpreendeu as autoridades brasileiras foi a reafirmação de Milei, na carta, do interesse em reunir-se com o presidente brasileiro, Lula, para expressar sua consideração por ele. Esta insistência em demonstrar apreço por Lula é inesperada, considerando que durante a campanha eleitoral, Javier Milei não economizou em xingamentos ao ex-presidente brasileiro. Ele chegou até mesmo a convidar o ex-presidente Jair Bolsonaro para sua posse antes de enviar um convite formal a Lula.
Agora, diante desse cenário, o mandatário brasileiro optou por aguardar para ver como a situação interna na Argentina se desenrola antes de prosseguir com quaisquer decisões relativas à reunião entre os dois líderes. No entanto, esta postura cautelosa não deixa de evidenciar as complexas relações diplomáticas entre Brasil e Argentina, que continuam a ser objeto de grande atenção e análise por parte dos especialistas.
