Operação Cyber Shield combate extorsão de vítimas em grupos de aplicativos de troca de mensagens e resulta em prisões.
De acordo com a PCDF, os grupos de aplicativos foram criados pelos próprios criminosos com o objetivo de atrair as vítimas, em sua maioria moradoras do Distrito Federal, que atuavam em cargos públicos importantes ou eram familiares de autoridades públicas. Uma vez identificadas, os criminosos aprofundavam suas pesquisas por meio de acesso indevido a bases de informações sigilosas pertencentes à segurança pública.
O Ministério da Justiça informou que a organização criminosa fazia as extorsões utilizando informações pessoais obtidas a partir de acesso ao sistema da PCDF. Com essas informações em mãos, faziam ameaças às vítimas e a seus familiares, exigindo sucessivas transferências de Pix para que não divulgassem os dados.
A operação resultou em cinco mandados de busca e apreensão e cinco de prisões temporárias, os quais estão sendo cumpridos em São Paulo e na Bahia. Até o momento, quatro pessoas foram detidas. Segundo informações dos investigadores, os criminosos operavam a partir dos municípios de Feira de Santana e Salvador, na Bahia, e de Pirituba e São Paulo, em São Paulo. Além disso, eles possuem relação com facções criminosas nesses estados.
O Ministério da Justiça acrescentou que, uma vez confirmados os delitos, os investigados poderão responder pelos crimes de extorsão com aumento de pena em decorrência da participação de duas ou mais pessoas, além de invasão de dispositivo informático, com aumento de pena devido à obtenção de informações sigilosas.
A operação Cyber Shield evidencia a atuação do MJ e da PCDF no combate a crimes cibernéticos e reforça a importância do trabalho conjunto entre as instituições para garantir a segurança e a integridade dos cidadãos.
