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Jacques Delors: o legado de um gigante da esquerda e defensor da solidariedade na Europa, segundo jornais franceses




Jacques Delors, uma das figuras proeminentes da política francesa e europeia, é lembrado como um homem de grandes excessos que buscava influenciar a história de forma decisiva, de acordo com o diário progressista. Segundo o Libé, Delors era conhecido por alternar entre períodos de intensa atividade, exaustivos para aqueles ao seu redor, e dias de inatividade, um comportamento que, no entanto, lhe conferia a capacidade de formular e alcançar objetivos a longo prazo.

Projetos de solidariedade

O jornal Le Parisien destaca a perda da esquerda de uma figura histórica com a morte de Jacques Delors. Apelidado de “o último grande arquiteto da Europa”, o diário enfatiza os esforços do político em favor de projetos de solidariedade aplicados em regiões mais pobres do continente, como o Programa Europeu de Ajuda aos Desfavorecidos e a Reforma Agrícola Comum. Para Le Parisien, tal comportamento pode ser atribuído à carreira sindical de Delors, que atuou em duas das maiores centrais sindicais na França, a Confederação Francesa dos Trabalhadores Cristãos (CFTC) e na Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT).

A reportagem também recorda que foi no sindicato do Banco Central da França que Delors conheceu sua esposa, Marie, falecida em 2020. Dessa união, nasce a filha Martine Aubry, uma das líderes do Partido Socialista e atual prefeita de Lille, no norte da França.

Católico fervoroso

O jornal conservador Le Figaro presta homenagem a Delors, descrevendo-o como um gigante da esquerda francesa e figura crucial na construção europeia. Católico fervoroso, o diário destaca que o político vivia sua fé no cotidiano, sem ostentação. Seguidor da corrente “personalismo comunitário”, Delors colocava o ser humano no centro de qualquer estratégia política. “Modesto em seus gostos e maneira de viver, foi um trabalhador dedicado, que amava o poder não por vaidade, mas como uma forma de fazer as coisas avançarem”, ressalta o Le Figaro.


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