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BNDES apresenta projeto para revitalizar área central do Rio de Janeiro em parceria com prefeitura e investidores.

Recentemente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou ao prefeito Eduardo Paes uma proposta para redefinir o cenário urbano da região central do Rio de Janeiro. O projeto tem como objetivo reverter a tendência de esvaziamento populacional e degradação dessa área, que foi agravada pela pandemia de covid-19.

Com um investimento de R$ 2 milhões não reembolsáveis, financiado pelo Fundo de Estruturação de Projetos, o estudo visa revitalizar ativos imobiliários públicos subutilizados e seus entornos, com potencial para catalisar o desenvolvimento. Os parceiros estratégicos do projeto são o município do Rio de Janeiro e a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR).

O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, destacou que o estudo é público e que os donos dos imóveis podem procurar o banco ou vice-versa para propor a estruturação de projetos. Inspirado em experiências nacionais e internacionais, o estudo categorizou 46 imóveis do município, estado e União para intervenções específicas, buscando devolver os ativos à cidade e fortalecer a centralidade da região.

O projeto não se limita ao centro histórico, estendendo sua visão transformadora para três regiões administrativas: a região portuária – Saúde, Gamboa, Santo Cristo e Caju, e a região entorno da Avenida Francisco Bicalho, abarcando a Estação Leopoldina, desativada desde 2002. O chefe do Departamento de Estruturação de Projetos com Ativos Imobiliários Públicos do BNDES, Osmar Lima, ressaltou a importância da restauração do prédio histórico da Estação Leopoldina e do desenvolvimento de novos equipamentos residenciais e públicos para criar um novo bairro no local.

Além disso, o estudo propõe quatro categorias de imóveis para o projeto, incluindo âncoras do território, reforço a atividades, “acupuntura urbana” e retrofit ou reconversão imobiliária. Intervenções estão previstas em diversas regiões, como na praça da Cruz Vermelha, na região da Praça Mauá, nas ruas do Lavradio, dos Arcos, do Acre, Buenos Aires, Visconde de Inhaúma, próximo ao Saara, e nas proximidades da rodoviária, entre outras.

A iniciativa não desconsidera a necessidade de adaptação climática, visando tornar a região central mais resiliente ao calor extremo, com sombreamento de vias, espaços verdes, drenagem eficiente de águas pluviais e infraestrutura sustentável. O objetivo final é trazer vida e movimento para o centro da cidade, tornando-o um local mais agradável e habitável.

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