
Após a aprovação do retorno da política de valorização do salário mínimo pelo Congresso este ano, o piso salarial dos trabalhadores brasileiros voltou a ser reajustado de acordo com a inflação do ano anterior, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), acrescido da variação do PIB medido dois anos antes, caso o resultado seja positivo.
Em 2019, o então ministro da Economia, Paulo Guedes, manifestou a opinião de que aumentar o salário mínimo acima da inflação poderia “estimular desemprego em massa”. Além disso, durante o segundo turno de 2022, um documento do Ministério da Economia revelou que o governo Bolsonaro estudava uma possível mudança no reajuste anual do mínimo, visando torná-lo menor do que a inflação efetivamente medida.
Diante da controvérsia gerada e do risco de perda de votos, o presidente Bolsonaro realizou uma transmissão ao vivo com seu ministro, onde prometeram aumentar o salário mínimo acima da inflação – algo que, no entanto, não se concretizou durante seu mandato presidencial.
Guerra da Picanha
Paralelamente ao aumento real do salário mínimo, houve uma redução no preço da picanha, embora tenha ocorrido um aumento no valor da cerveja. Após 11 meses de governo Lula, o preço médio da picanha acumula uma queda de 13,06%, enquanto a cerveja aumentou 5,15%.
Os dados são do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país calculada pelo IBGE e divulgada no último dia 12. No geral, o país registrou alta de 0,28% em novembro, com o grupo “alimentação no domicílio” apresentando um aumento de 0,75%. No entanto, ao longo do ano, os preços dos alimentos em domicílio caíram 1,83%.