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Vendas de títulos do Tesouro Direto superam resgates em R$ 278,7 milhões em novembro, com destaque para títulos Tesouro Selic.

No mês de novembro, as vendas de títulos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 278,7 milhões, de acordo com os dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (26). Foram registradas compras no valor de R$ 2,88 bilhões em títulos da dívida pública brasileira, enquanto os resgates totalizaram R$ 2,6 bilhões.

O título mais procurado pelos investidores foi o Tesouro Selic, que representou 70,4% do total de compras, o equivalente a R$ 2,03 bilhões. A alta procura por esse tipo de papel se justifica pelo elevado nível da taxa Selic, que passou por um ciclo de elevação e, atualmente, está em 11,75% ao ano.

Os papéis vinculados à inflação (IPCA) tiveram participação de 19,7% nas vendas, enquanto os títulos prefixados (com juros definidos no momento da emissão) representaram 9,8% do total.

No que diz respeito aos novos títulos do Tesouro Direto, o Titulo RendA+, voltado para a aposentadoria, teve aporte de R$ 73,6 milhões em novembro, representando 2,6% do total para o mês. Já o EducA+, lançado em agosto e voltado para quem deseja financiar estudos futuros, somou R$ 27,6 milhões em vendas, ou 1% do total.

Em relação ao perfil dos investidores, 414.911 novos participantes se cadastraram no programa no mês passado. O número total de investidores atingiu 26.606.263, com um aumento de 20,7% nos últimos 12 meses. O total de investidores ativos, com operações em aberto, chegou a 2.443.675 em novembro, com a adição de 16.587 investidores.

Além disso, é possível observar a procura do Tesouro Direto por pequenos investidores, visto que as vendas de até R$ 1 mil representaram 64,1% do total de 511.148 operações ocorridas em novembro. O valor médio por operação foi de R$ 5.634,90.

O Tesouro Direto foi criado para popularizar a aplicação e permitir que pessoas físicas adquirissem títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, sem a intermediação de agentes financeiros. O órgão apenas cobra uma taxa para a corretora responsável pela custódia dos títulos.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos, enquanto o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, os índices de inflação, o câmbio ou uma taxa definida antecipadamente nos papéis prefixados.

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