
Por Nelson Bocanegra
BOGOTÁ (Reuters) – O Ministério da Energia da Colômbia anunciou que comunidades indígenas, rurais e outras minoritárias terão permissão para formar projetos de geração e comercialização de energia renovável, e poderão desenvolver joint ventures com empresas privadas ou com o setor público.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, havia prometido afastar o país da produção de petróleo e carvão, e se aproximar das energias renováveis, como a solar e a eólica. No entanto, o desenvolvimento desses projetos tem enfrentado obstáculos, como os atrasos no licenciamento ambiental e a oposição de algumas comunidades indígenas, como os Wayuu na província de La Guajira, onde muitos dos projetos estão previstos.
Essa medida representa um passo importante para o avanço da diversificação da matriz energética do país e para a inclusão de comunidades que historicamente foram excluídas do processo de geração de energia. Além disso, a possibilidade de parcerias com o setor privado e público pode abrir portas para o desenvolvimento econômico dessas comunidades, gerando empregos e oportunidades de crescimento.
De acordo com o Ministério da Energia, a iniciativa visa promover um desenvolvimento sustentável e inclusivo, alinhado com as metas de redução de emissões de carbono e de preservação do meio ambiente. A Colômbia, como muitos outros países, está buscando alternativas para reduzir sua dependência de combustíveis fósseis e fomentar a transição para fontes de energia mais limpas e renováveis.
Espera-se que essa nova abertura para as comunidades minoritárias impulsione a inovação e a criatividade no setor de energia, trazendo benefícios tanto para o meio ambiente quanto para as populações locais. Resta aguardar e acompanhar os desdobramentos e impactos positivos que essa medida trará para o desenvolvimento energético e social do país.