Chefe de milícia Zinho tem prisão mantida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro após se entregar à Polícia Federal

Após a audiência de custódia, o miliciano foi encaminhado para uma cela de 6 metros quadrados em uma galeria que abriga outros custodiados envolvidos com milícias, no presídio de segurança máxima Laércio da Costa Pelegrino, conhecido como Bangu 1, localizado no Complexo de Gericinó, Zona Oeste da cidade. Zinho é apontado como o responsável pelos ataques em série que resultaram no incêndio de mais de 30 ônibus na região metropolitana no dia 23 de outubro.
Sua prisão foi negociada em conjunto com seus advogados, a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Após passar pelo Instituto Médico Legal (IML) para exames de corpo de delito, Zinho seguiu para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte.
A transferência de Zinho para Bangu 1 foi realizada em um comboio que contou com a participação de aproximadamente 50 agentes do Grupamento de Intervenção Tática, do Serviço de Operações Especiais e da Divisão de Busca e Recaptura, todos vinculados à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). A rendição de Zinho ocorreu na mesma semana em que uma operação da PF foi deflagrada para investigar o suposto envolvimento da deputada estadual fluminense Lucinha (PSD) e de uma assessora dela com o grupo miliciano.
A prisão de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, representa um avanço significativo no combate às milícias no estado do Rio de Janeiro. Sua captura foi resultado de um trabalho conjunto entre as autoridades e demonstra a efetividade das ações de combate ao crime organizado. A população espera que essa prisão contribua para a desarticulação das milícias e a redução da violência no estado.