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Brasil registra 13 mil alterações de registro civil de transexuais e transgêneros nos últimos cinco anos

No Brasil, o ano de 2023 encerra com um marco significativo em relação aos direitos de transexuais e transgêneros. De acordo com a Arpen Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais), nos últimos cinco anos, houve um total de 13 mil alterações de registro civil para esta população. Apenas em 2023, 3.908 pessoas buscaram os cartórios para solicitar a mudança de gênero ou nome até o dia 10 de dezembro.

Os dados revelam que as solicitações de alteração de nome tiveram início em 2018, logo após a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Naquele ano, foram registradas 1.129 alterações de registro. Em 2019, o número aumentou para 1.848. Nos anos subsequentes, as cifras ficaram em torno de 1.283 (2020) e 1.863 (2021). Entretanto, houve um salto considerável em 2022, com 3.165 alterações, mantendo a tendência de crescimento para os 3.908 registros de 2023.

Além disso, em relação às mudanças de gênero, foram realizadas 2.169 alterações do masculino para feminino e 1.512 do feminino para o masculino.

A medida que permitiu a alteração de nome no registro civil sem a necessidade de cirurgia de mudança de sexo foi autorizada pelo Supremo em agosto de 2018. Antes disso, os transexuais só podiam adotar o nome social em identificações não oficiais, como crachás, matrículas escolares e inscrições para exames.

Atualmente, para realizar a alteração, os interessados devem comparecer ao cartório de registro civil de sua região e apresentar alguns documentos, como certidão de nascimento ou casamento, documentos pessoais de identificação e certidões solicitadas pelo cartório.

É notável o avanço nesse quesito e a garantia de direitos para a população transexual e transgênero, proporcionando a liberdade de expressão de gênero e o reconhecimento legal de suas identidades. Este cenário reflete o progresso e a evolução das políticas públicas voltadas para a diversidade de gênero no Brasil.

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