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Privatização da Emae é vista como operação espinhosa em São Paulo e depende de aprovação dos vereadores.




Privatização na mira dos vereadores

A concretização da venda, porém, ainda é vista como operação espinhosa. A viabilidade depende dos vereadores de São Paulo porque a cidade é a maior fonte de receita da empresa. Embora o negócio seja dado como certo publicamente pelo governador, aliados admitem em reservado que há um longo caminho a ser percorrido — o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), já sinalizou que pode travar o projeto. A privatização também é alvo de questionamentos na Justiça.

Temos que cortar. Tem as questões ideológicas, muita gente critica o Estado quando a gente fala em concessões da CPTM, do Metrô, a PPP da Fundação Casa, mas tem uma razão de fundo sobre isso (…) A gente está deixando de fazer investimento em infraestrutura, em saúde, em segurança pública.
Tarcísio de Freitas, em 11 de dezembro, durante participação no Fórum XP

São Paulo está traumatizada pelas privatizações. A articulação dos sindicatos e movimentos sociais para lutar contra isso vai continuar. Novo plebiscito, manifestações de rua e greves estão no radar dos prováveis acontecimentos de 2024.
amila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários

O que está previsto na agenda de privatizações

Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) vai ser a primeira do ano. A expectativa é que a operação seja concluída em fevereiro.

Leilão do trem intercidades está marcado para 29 de fevereiro. O projeto prevê ligar as cidades de São Paulo e Campinas. Entrega e início de funcionamento estão previstos para 2031.

Por Ana Oliveira | 15 de janeiro, 2023

A privatização de serviços públicos continua sendo um tema controverso e que levanta discussões acaloradas na cidade de São Paulo. A tão esperada venda de determinadas empresas públicas ainda encontra resistência e incertezas, principalmente no âmbito dos vereadores, que detêm grande influência na maior fonte de receita da empresa em questão.

Segundo fontes próximas ao governador, a concretização da venda é vista como uma operação espinhosa, ainda mais diante das reservas e possíveis obstáculos apresentados por aliados e o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite. Este último já demonstrou possíveis entraves ao projeto de privatização, o que aumenta a tensão em torno do assunto.

Além disso, a privatização enfrenta questionamentos legais na justiça, o que torna o processo ainda mais delicado e sujeito a reviravoltas. As opiniões divergentes sobre o tema mostram que a privatização em São Paulo ainda está longe de ser aceita de forma unânime.

O Ministro Tarcísio de Freitas enfatizou a necessidade de cortes e indicou as questões ideológicas que envolvem o tema. Ele ressaltou as críticas ao Estado quando se fala em concessões e alertou para a importância dos investimentos em áreas como infraestrutura, saúde e segurança pública, que poderiam ficar comprometidos em caso de resistência à privatização.

Por outro lado, a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, deixou claro que a luta contra privatizações em São Paulo vai continuar e incluirá novos plebiscitos, manifestações de rua e greves, previstos para acontecer até 2024.

Dentro da agenda de privatizações, a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) é destacada como a primeira empresa a ser vendida no ano, com expectativa de conclusão da operação até fevereiro. Além disso, o leilão do trem intercidades, que visa ligar as cidades de São Paulo e Campinas, está agendado para 29 de fevereiro, com início de funcionamento previsto para 2031.


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