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Advogados alegam ilegalidade na prisão e pedem habeas corpus para cliente; desembargador aponta indícios de autoria para negar recurso.






Advogada é acusada de envenenar ex-sogro e sua mãe

Advogada é acusada de envenenar ex-sogro e sua mãe

Os advogados ainda disseram que prisão foi ilegal. Segundo a defesa, a detenção não seguiu as normas constitucionais, por isso, solicitaram o habeas corpus da cliente. A alegação foi feita em resposta à prisão preventiva de Amanda, acusada de envenenar o ex-sogro e a mãe dele, levando ambos a óbito.

Desembargador aponta indícios de autoria para negar o recurso. O plantonista Silvânio Divino de Alvarenga, da Câmara Criminal, apontou que a Polícia Civil trouxe elementos que colocam Amanda na cena do crime, alegando que ela comprou alimentos que possivelmente foram intoxicados e fornecido às vítimas. Uma reportagem do UOL mostrou a mulher comprando os alimentos. Com isso, o pedido de habeas corpus foi negado.

A decisão, obtida pelo UOL, foi liminar, ou seja, em caráter de urgência e temporária. O documento reforçou que a decisão anterior está fundamentada a partir da investigação e que a alegação de violação de domicílio de Amanda deve aguardar outra fase do processo para reclamação formal. A advogada permanece detida enquanto aguarda o prosseguimento das investigações.

Alvarenga cita que investigada tem “total desprezo com a vida humana”. O desembargador comentou ainda que as vítimas eram pessoas do convívio de Amanda, o que “evidencia a sua crueldade”, apontando ser necessário precaução para o prosseguimento das investigações e aplicação da Justiça.

Justiça também negou o pedido da defesa para que processo entrasse em sigilo. O desembargador citou que o caso “já foi amplamente divulgado na mídia, bem como não há prejuízo para a investigação”, não havendo, portanto, necessidade de sigilo no processo. Com isso, o caso continua sendo de conhecimento público.

Entenda o caso:

A advogada é apontada pela Polícia Civil como a responsável por envenenar o ex-sogro, Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86. As investigações apontam que mais de 300 pesticidas estão sendo procurados dentro dos itens coletados na residência das vítimas, e há a possibilidade do envenenamento ter ocorrido por meio de outra via que não os alimentos coletados pela perícia, de acordo com Olegário Augusto, da Polícia Científica.


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