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Uso do cinto de segurança: multa, pontos na CNH e redução de riscos em caso de acidentes




Artigo sobre uso do cinto de segurança

Uso do cinto de segurança é essencial para a segurança nas estradas

Se você planeja pegar a estrada neste fim de ano, é fundamental garantir que todos no carro utilizem o cinto de segurança, tanto o motorista quanto os passageiros do banco traseiro. A penalidade para o não uso do dispositivo é de R$ 195,23, considerada uma infração grave em qualquer lugar do veículo.

Além do impacto financeiro, os motoristas que forem flagrados com ocupantes sem cinto afivelado terão cinco pontos adicionados à CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Segundo dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o não uso do cinto de segurança entre os passageiros é a terceira maior causa de autuações no trecho de Ubatuba, litoral norte paulista, da BR-101. Este ano, foram registradas 417 autuações entre janeiro e novembro.

No mesmo período, 161 motoristas foram multados pela PRF na mesma região por não utilizarem o cinto de segurança.

Além das questões legais, o uso do cinto de segurança é crucial para a sobrevivência em caso de acidentes. Estudos indicam que o uso do cinto pode reduzir em até 60% o risco de morte e ferimentos graves para ocupantes da frente do veículo e em até 44% para aqueles sentados nos bancos traseiros. A Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) ressalta que o cinto também reduz a incidência de lesões nos quadris, coluna vertebral, cabeça, tórax e abdome em 60%.

Outro ponto relevante é que não usar o cinto de segurança no banco traseiro aumenta em cinco vezes o risco de morte dos ocupantes dos bancos da frente em uma possível colisão, já que os passageiros podem ser projetados para a frente. O cinto também evita que os ocupantes sejam lançados para fora do veículo em uma batida forte ou capotamento, o que pode ser extremamente perigoso, como destaca o médico José Montal, diretor e um dos fundadores da Abramet.

Importância da manutenção e uso correto do cinto de segurança

A Abramet recomenda a revisão anual do cinto de segurança e sua substituição quando o sistema de recolhimento apresentar fadiga ou as faixas estiverem desfiadas. Além disso, a exposição à poeira fina, radiação solar e o tensionamento anormal das faixas podem resultar no desgaste do dispositivo, conforme destaca o documento da associação médica.

A fiscalização do uso do cinto de segurança em ônibus também é crucial. Até novembro deste ano, 86 coletivos foram multados em rodovias paulistas pela falta ou defeito em cinto de segurança, representando 0,4% dos veículos fiscalizados. A Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) também ressalta que o motorista do ônibus pode ser multado se passageiros estiverem sem o cinto afivelado na hora da fiscalização.

Apesar de não haver dados atualizados sobre a adesão ao uso do cinto de segurança no país, estudo da Artesp em 2019 apontou que o dispositivo era utilizado corretamente por 94% dos motoristas, 91% dos passageiros do banco dianteiro e 73% dos ocupantes do banco traseiro.

O médico Montal enfatiza a importância de campanhas educativas para promover o uso do cinto de segurança, ressaltando que é fundamental utilizá-lo, mesmo em percursos curtos, para garantir a segurança de todos os ocupantes do veículo.


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