OMS registra mais de 1.500 ataques a instalações de saúde em 2023, resultando em dezenas de vítimas fatais e centenas de feridos.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação com a situação e enfatizou a necessidade de impedir que esse tipo de violência se torne algo comum. Segundo a entidade, ataques a instalações de saúde em regiões afetadas por conflitos privam as pessoas de cuidados essenciais, colocam em risco os prestadores de serviços e prejudicam os sistemas de saúde locais.
A OMS estabelece que qualquer ato de violência verbal ou física, obstrução ou ameaça de violência que interfira na prestação de serviços de saúde durante emergências seja considerado um ataque aos cuidados em saúde. Estes ataques podem variar desde o uso de armas pesadas até ameaças psicológicas e intimidação.
Em relação à Faixa de Gaza, a OMS está organizando duas rodadas de campanhas de vacinação contra a poliomielite no fim de agosto e início de setembro, com o objetivo de conter a propagação do vírus na região. No entanto, a entidade fez um apelo por uma trégua humanitária para garantir a segurança das equipes de saúde e facilitar o acesso das crianças às unidades de saúde para receber a vacina.
A mobilização das partes envolvidas no conflito, em Gaza, é essencial para possibilitar a realização das campanhas de vacinação. Sem a interrupção temporária dos combates, as crianças mais vulneráveis não terão acesso às doses necessárias para se proteger contra a pólio. A expectativa é que mais de 640 mil crianças com menos de 10 anos sejam imunizadas durante cada rodada da campanha.
Em um cenário marcado pela violência e conflitos, a proteção das instalações de saúde e a garantia do acesso aos serviços são fundamentais para preservar vidas e promover a saúde da população afetada. A OMS reforça a importância de respeitar e proteger os profissionais de saúde, bem como as instalações que prestam serviços essenciais, para garantir a continuidade do atendimento e a segurança de todos envolvidos.