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Presidente do Banco Central elogia decisão do STF sobre regularização de precatórios como “a melhor medida possível”






Artigo sobre Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Presidente do Banco Central elogia decisão do STF sobre precatórios

Por Redação – 21 de janeiro de 2023

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, demonstrou apoio à regularização do pagamento de precatórios autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), durante entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (21). Segundo ele, a decisão foi a melhor medida possível e era necessário encontrar uma forma de contabilizar os precatórios que não interferisse nas metas fiscais estabelecidas. A classificação das dívidas judiciais como gasto primário, mas fora da meta, foi elogiada pelo chefe da autoridade monetária.

A autorização concedida pelo STF permite que o governo regularize o estoque de dívidas judiciais sem ferir as regras fiscais até o ano de 2026. No entanto, a corte rejeitou a classificação dessas sentenças como despesas financeiras, indo contra o desejo do governo. A tese defendida pela Fazenda enfrentou resistências do Ministério do Planejamento e Orçamento e da Casa Civil, como mostrado pela Folha.

A fala de Campos Neto revela que a proposta de mudar a classificação contábil dos precatórios também não foi bem recebida pelo Banco Central, que é responsável pelas estatísticas oficiais de finanças públicas. No entanto, antes da decisão do Supremo, o presidente do BC evitou entrar em rota de colisão com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e afirmou que a saída para os precatórios seria uma decisão do STF.

Com a autorização do Supremo, o governo editou uma medida provisória que liberou um crédito extraordinário de R$ 93,1 bilhões para regularizar as sentenças judiciais. Durante uma entrevista sobre o Relatório Trimestral de Inflação, Campos Neto indicou uma projeção de crescimento para 2023 e destacou a importância de manter o controle fiscal para evitar desequilíbrios na inflação e nas expectativas do mercado.

O presidente do BC minimizou as preocupações com o cenário fiscal em curto prazo, ressaltando a importância das reformas e do esforço fiscal do governo. Ele reconheceu o trabalho realizado até o momento, mas enfatizou a necessidade de continuar desenvolvendo políticas fiscais responsáveis para garantir a estabilidade econômica do país.

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