Prefeitura de São Paulo destina R$51 milhões para a criação do Parque do Rio Bixiga ao lado do Teatro Oficina.

A criação do Parque do Rio Bixiga, localizado na região central da capital paulista, tem sido objeto de debates e reivindicações por parte de entidades e ativistas. A notícia de que a prefeitura de São Paulo, em acordo firmado com o Ministério Público estadual, vai destinar cerca de R$51 milhões para a aquisição ou desapropriação da área que será destinada ao futuro parque foi recebida com entusiasmo por aqueles que defendem a causa.
A área em questão, hoje de propriedade do Grupo Silvio Santos, é alvo de um acordo que ainda aguarda homologação pela Justiça. No entanto, a notícia de que a Universidade Nove de Julho irá devolver aos cofres públicos R$1,050 bilhão, parte do qual será destinado à aquisição do terreno, trouxe otimismo aos defensores da criação do parque.
No entanto, apesar da comemoração, entidades e ativistas deixaram claro que a luta ainda não acabou. Embora o acordo seja um passo importante, eles ressaltaram que continuarão ativos na busca pela concretização do projeto. Tanto o Movimento Parque do Rio Bixiga quanto a Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona já possuem um projeto pronto para o terreno, idealizado como extensão do teatro pela arquiteta Lina Bo Bardi.
A emoção gerada pela notícia do acordo foi evidente, mas ativistas acreditam que ainda há muito a ser feito. Marcelo Drummond, ator do Oficina, ressaltou a importância de não se desmobilizarem com a notícia. Camila Mota, atriz e diretora do Oficina, reiterou que a causa ainda não está ganha, mesmo com a euforia causada pelo anúncio.
O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, declarou que o projeto para utilização dos recursos na construção do Parque do Bixiga será encaminhado à Câmara Municipal para debate. E na casa legislativa, já existe um projeto em tramitação que dispõe sobre a criação e funcionamento do Parque Municipal do Rio Bixiga.
O projeto do parque prevê a descanalização do rio, a reativação de áreas verdes, espaços de lazer e atuação cênica, em consonância com a visão de Zé Celso, fundador do Teatro Oficina. Marília Gallmeister, arquiteta cênica do Teatro Oficina, destacou a importância do terreno para reflorestar uma área no coração de São Paulo e ao mesmo tempo proporcionar um espaço para a prática da cultura teatral. A expectativa é que o debate sobre o projeto do parque ganhe força e o sonho de sua criação se torne realidade em breve.