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Ministério da Saúde libera R$ 100 milhões para pesquisa da Terapia Celular CAR-T na Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto

Ministério da Saúde anuncia repasse de R$ 100 milhões para pesquisa de terapia contra o câncer

O Ministério da Saúde confirmou nesta semana o repasse de R$ 100 milhões para o financiamento da pesquisa de desenvolvimento da terapia celular CAR-T Cell na Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Instituto Butantan.

Os recursos serão liberados por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-Saúde) e o convênio está em fase de celebração, o que ocorrerá ainda em 2023.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Carlos Gadelha, enfatiza que o objetivo do governo é garantir à população mais carente o acesso a tratamentos mais modernos contra o câncer.

A terapia celular CAR-T Cell é uma técnica inovadora que combate o câncer no sangue com as próprias células de defesa do paciente modificadas em laboratório. Trata-se de linfócitos T, células responsáveis por combater agentes patogênicos e matar células infectadas, que são isolados, ativados e reprogramados para conseguir identificar células do câncer.

O estudo clínico, financiado pelo Ministério da Saúde, conta com o apoio de estrutura pelo Butantan e investimento de pesquisa da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

O Estudo Clínico de fase 1/2 vai incluir 81 pacientes com leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B, de forma gratuita. O foco é integrado por pacientes que não responderam ou apresentaram o retorno da doença após o primeiro tratamento convencional, com o uso da quimioterapia, e o transplante de medula óssea.

O Hemocentro de Ribeirão Preto explica que o CAR-T desenvolvido é “treinado” para atingir um alvo específico presente somente na leucemia linfoide aguda de células B e no linfoma não Hodgkin de células B, portanto, não possui efetividade em outros tipos de cânceres sólidos.

O processo de coleta, modificação das células e aplicação no paciente pode durar em torno de 60 dias. Os pacientes que desejarem participar do estudo clínico devem conversar com seu médico e solicitar que ele entre em contato pelo e-mail especificado no site da instituição.

A pesquisa é vista como um avanço significativo no tratamento do câncer e pode representar uma grande esperança para pacientes que não obtiveram sucesso com os tratamentos convencionais. O investimento do governo federal na pesquisa é um passo importante para o desenvolvimento da terapia celular no país e para a melhoria no tratamento do câncer.

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