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PF investiga corrupção em programas sociais no Rio de Janeiro; presidente da Agerio é um dos alvos da operação

O presidente do Conselho de Administração da Agência de Fomento do Rio de Janeiro (Agerio), Vinícius Sarciá Rocha, está sob investigação da Polícia Federal (PF) como parte da Operação Sétimo Mandamento, deflagrada nesta quarta-feira (20). A PF cumpriu três mandados de busca e apreensão relacionados a um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro em quatro projetos de assistência social no estado do Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, há indícios de pagamento de propinas em contratos, cujos valores variavam entre 5% e 25% do total de cada um, totalizando mais de R$ 70 milhões. Além disso, a PF está apurando o direcionamento de recursos para redutos eleitorais. Os projetos sociais afetados pela corrupção incluem o Novo Olhar, o Rio Cidadão, o Agente Social e a Qualimóvel.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e endereços relacionados a outros dois membros do governo fluminense também foram alvos da ação da PF. Além disso, sete medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal e seis medidas de afastamento de sigilo telemático foram cumpridas como parte da operação.

Vale ressaltar que Vinícius Sarciá Rocha é irmão de criação do governador do estado, Cláudio Castro, uma vez que o pai de Castro se casou com a mãe de Sarciá, estabelecendo um laço familiar entre os dois. Importante mencionar que o governador também está sendo alvo das investigações da PF, embora não tenha sido diretamente relacionado aos mandados de busca e apreensão desta quarta-feira.

A Agência Brasil procurou o advogado Carlo Luchione, que representa Sarciá, para comentar o caso, mas até o momento não obteve retorno. O governador Cláudio Castro também ainda não se pronunciou sobre as acusações. A operação da PF continua em andamento e novas informações podem surgir à medida que as investigações avançam.

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