Mercado financeiro tem dia de ganhos; dólar cai para menor nível em um mês e bolsa de valores bate recorde
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 4,865, o que representa uma queda de R$ 0,04 (-0,81%). A moeda norte-americana operou em baixa durante todo o dia, atingindo o valor mínimo de R$ 4,85 por volta das 15h30, logo após a divulgação da notícia de que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P Global) elevou a nota da dívida pública brasileira.
Esta queda representa o menor valor do dólar desde 20 de novembro e a divisa acumula uma redução de 1,02% apenas em dezembro e de 7,86% ao longo de 2023.
Já no mercado de ações, o dia foi favorável, com o índice Ibovespa, da B3, fechando em 131.851 pontos, o que representa uma alta de 0,59%. Apesar de ter perdido fôlego durante a tarde, o indicador recuperou-se próximo ao final das negociações, após a melhoria da classificação do Brasil.
Uma das notícias que impactou positivamente o mercado foi a elevação da nota da dívida brasileira pela S&P Global, que agora está dois níveis abaixo do grau de investimento. Esta mudança foi justificada pela agência citando a aprovação da reforma tributária e medidas recentes para aumentar a arrecadação.
Além disso, a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) também animou os investidores. O Banco Central informou que pelo menos dois cortes de 0,5 ponto percentual estão previstos até março na Taxa Selic, afastando a hipótese de acelerar os cortes para 0,75 ponto percentual.
Apesar de reduzir as expectativas de crescimento econômico para o próximo ano, a menor redução dos juros anima o mercado financeiro, já que os juros brasileiros continuarão mais altos que os dos Estados Unidos, o que estimula a entrada de capital financeiro no país.
O cenário internacional também teve impacto, com a alta no preço do petróleo pelo segundo dia seguido e a forte queda do dólar no mercado global também contribuindo para diminuir a cotação da moeda no Brasil. Este cenário de euforia no mercado financeiro foi impulsionado pela combinação de fatores que favoreceram os investimentos.
*Com informações da Reuters.
