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Vale contesta acusações de condições degradantes e jornadas exaustivas a trabalhadores em nota enviada ao UOL, prometendo medidas para exclusão.






Reportagem sobre condições de trabalho na Vale

Uma investigação realizada pela fiscalização do trabalho apontou que os trabalhadores da Vale estavam sendo submetidos a condições degradantes e jornadas exaustivas. Além disso, foram vítimas de fraude, promessa enganosa e ameaças, de acordo com os relatórios.

Em resposta, a Vale enviou uma nota ao UOL contestando as alegações e afirmou que adotará as medidas necessárias para a exclusão das acusações. Segundo a empresa, uma decisão judicial recente reconheceu a indevida lavratura de auto de infração durante uma fiscalização ocorrida em 2015, o que torna injusta a sua inscrição no cadastro.

O caso veio à tona após uma reportagem de Ana Aranha, da Repórter Brasil, que revelou situações alarmantes, como um motorista que dirigiu por 23 horas com um intervalo de apenas 40 minutos e outro que trabalhou por quase um mês sem folgas. Os banheiros nas instalações eram impraticáveis, obrigando os trabalhadores a se aliviarem na estrada. Promessas de benefícios para quem trabalhasse mais intensamente, colocando em risco a segurança de todos, foram feitas e não cumpridas. E quando os funcionários reclamavam, eram ameaçados, de acordo com as inspeções.

Em comunicado oficial, a Vale repudiou qualquer violação dos direitos humanos e das condições de trabalho dignas. A empresa reforçou seu compromisso em manter um ambiente adequado para toda a sua cadeia produtiva, de acordo com suas políticas internas.

Na época da operação, a Ouro Verde emitiu uma nota alegando que as irregularidades na jornada dos trabalhadores estavam relacionadas a problemas no sistema de registro de ponto e negou a existência de promessas enganosas e ameaças.

A “lista suja”, criada em 2003, é atualizada semestralmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Os empregadores são incluídos após passarem por duas instâncias de defesa na esfera administrativa e permanecem na lista por dois anos.


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