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Atentado contra a AMIA: acusações de envolvimento do Hezbollah e busca por suspeitos ampliam mistério do pior ataque da Argentina




O atentado contra a AMIA, ocorrido em 18 de julho de 1994, em Buenos Aires, foi o pior da história da Argentina e o segundo executado contra a maior comunidade judaica da América Latina, após o atentado de 1992 contra a embaixada de Israel em Buenos Aires, que deixou 29 mortos e 200 feridos.

Em 2006, promotores argentinos acusaram o grupo pró-iraniano Hezbollah de ter executado o atentado contra a AMIA e funcionários iranianos de serem os mandantes, o que Teerã nega. O caso segue sem solução.

Em junho, a justiça argentina solicitou uma ordem de captura internacional contra quatro libaneses – dois deles com passaportes paraguaios -, suspeitos de terem participado “de forma secundária” do atentado contra a AMIA, entre eles El Reda, segundo Buenos Aires.

Além deste atentado ocorrido há quase 30 anos, a justiça americana acusa El Reda de ter “participado de operações terroristas para o Hezbollah na América do Sul, na Ásia e no Líbano”.

Para as autoridades americanas, o “Hezbollah é uma organização islâmica xiita com base no Líbano e com componentes políticos, sociais e terroristas”. Washington suspeita há tempos que tenha se estabelecido na América do Sul, na região da tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai, três países com muitos residentes de origem libanesa.

Em novembro, a Polícia Federal prendeu três pessoas no âmbito de uma investigação sobre os preparativos de ataques “terroristas” no Brasil, orquestrados pelo Hezbollah, segundo Israel.


O atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) ocorrido em 18 de julho de 1994, em Buenos Aires, foi um dos mais impactantes da história da Argentina. O episódio resultou na perda de muitas vidas e marcou profundamente a comunidade judaica da América Latina. Este terrível incidente foi o segundo ataque contra a comunidade judaica, após o atentado terrorista de 1992 contra a embaixada de Israel em Buenos Aires, que deixou um rastro de devastação com 29 mortos e 200 feridos.

Em 2006, promotores argentinos apontaram o grupo militante pró-iraniano Hezbollah como responsável pelo atentado contra a AMIA, acusando também funcionários do governo iraniano de serem os mandantes por trás do ataque. No entanto, Teerã negou veementemente estar envolvido nesse ato hediondo, e infelizmente, o caso permanece sem solução.

Recentemente, em junho, a justiça argentina emitiu uma ordem de captura internacional contra quatro suspeitos libaneses – dois deles detentores de passaportes paraguaios – acusando-os de participação secundária no atentado à AMIA, incluindo El Reda, de acordo com autoridades de Buenos Aires. Além disso, El Reda também está sendo vinculado a ações terroristas do Hezbollah na América do Sul, Ásia e Líbano, de acordo com as autoridades americanas.

Para os Estados Unidos, o Hezbollah é uma organização extremista islâmica xiita, com atividades tanto políticas, sociais quanto terroristas, baseada no Líbano. Há suspeitas de que o Hezbollah tenha estabelecido presença na América do Sul, em especial na região da tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai, onde há uma grande população de origem libanesa.

Em novembro, a Polícia Federal brasileira deteve três indivíduos como parte de uma investigação relacionada a preparativos de ataques terroristas no Brasil, supostamente orquestrados pelo Hezbollah, de acordo com informações de Israel.

A trágica história do atentado à AMIA e o envolvimento do grupo Hezbollah em atividades terroristas são motivos de preocupação para a comunidade internacional. As autoridades seguem trabalhando arduamente na busca por justiça e segurança para prevenir futuros atos de terrorismo no continente sul-americano e em todo o mundo.

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