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A UE fecha acordo histórico para reforma migratória, mas críticos temem enfraquecimento do direito de buscar asilo




Reforma Migratória da UE

Reforma Migratória da UE inclui mecanismo de solidariedade para países do sul

A reforma migratória da União Europeia (UE) conta com um mecanismo de solidariedade para reduzir a pressão sobre os países do sul do bloco, que recebem um grande número de pessoas que solicitam asilo após cruzarem o Mediterrâneo. Segundo o mecanismo, alguns solicitantes de asilo serão realocados em outros países da UE, e os Estados que se recusarem a acolhê-los deverão fazer uma contribuição financeira ou material aos que o fizerem.

Até o final de novembro, a agência de fronteiras da UE, a Frontex, registrou mais de 355 mil travessias irregulares na fronteira do bloco, um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado, e o maior número desde 2016.

O que dizem os críticos?

Embora o acordo tenha sido descrito como “histórico” por vários eurodeputados conservadores, muitos políticos de esquerda não reagiram de forma positiva. “Os negociadores concordaram em enfraquecer o direito de buscar asilo”, disse o eurodeputado alemão Damian Boeselager, membro do Partido Verde Europeu. “Esse novo sistema fará com que tenhamos campos de prisioneiros em nossas fronteiras e nunca deveria ter sido aceito.”

Várias agências de ajuda que trabalham com migrantes, como Anistia Internacional, Oxfam, Caritas e Save the Children, também criticaram a reforma, dizendo que ela criará um “sistema cruel” que seria impraticável.

O acordo de reforma migratória da UE foi fechado no momento em que o Parlamento francês acaba de aprovar um polêmico projeto de lei de imigração que também endurece as regras para permitir a deportação mais rápida de determinados estrangeiros, criticado por parlamentares de esquerda e grupos de apoio a migrantes.


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