
Copape e Aster Protocolam Pedido de Recuperação Judicial
No último dia 12, a Copape, formuladora de combustível, e a Aster, distribuidora pertencente ao mesmo grupo, entraram com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo. A decisão veio após as empresas perderem sua licença para operar, concedida pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Desde fevereiro de 2023, a Copape e a Aster estão sob investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo, devido à Operação Cassiopeia, que investiga possíveis fraudes fiscais e contábeis ligadas aos sócios das empresas.
A empresa Copape afirmou que não está sendo investigada pelo MPSP, mas sim seus sócios. O pedido de recuperação judicial não está relacionado às dívidas das companhias, mas sim à revogação da licença de operação devido a alegações de irregularidades.
Entidades Acusam as Empresas de Fraudes
O Instituto Combustível Legal (ICL) denunciou que a Copape e a Aster estariam envolvidas em quatro tipos de fraudes fiscais que totalizariam uma sonegação de impostos superior a R$ 1 bilhão. As acusações incluem aquisição de gasolina de forma irregular, escrituração de notas fiscais falsas e ocultação de sócio ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
O processo de recuperação judicial alega que a crise enfrentada pelas empresas decorre da revogação injusta de sua licença para operar, causando impacto direto em suas atividades econômicas. As empresas afirmam que as tentativas de difamação por parte de seus concorrentes são baseadas em informações falsas.
A investigação em andamento também aponta a mudança na hierarquia das empresas, com a Copape saltando do 11º para o 2º lugar no ranking de fornecedores de gasolina após a troca de comando em 2020. Desde então, a empresa perdeu parte de sua relevância no mercado de combustíveis.
Diante de todas essas acusações e impactos econômicos, a recuperação judicial se tornou a medida necessária para tentar reorganizar as atividades da Copape e da Aster, enquanto as investigações continuam em andamento.