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Ministério da Gestão e da Inovação propõe aumento em benefícios, mas não em salários de servidores públicos, gerando insatisfação entre categorias.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) apresentou ontem, 18 de março, uma proposta de reajuste nos benefícios pagos aos servidores públicos durante uma reunião com a Mesa Nacional de Negociação Permanente. No entanto, a proposta não inclui reajuste salarial, o que gerou controvérsias e insatisfação entre os representantes dos servidores.

A proposta, que ainda não foi formalizada, consiste em um aumento de 51,9% no auxílio-alimentação a partir de maio de 2024, passando de R$ 658 para R$ 1 mil. Além disso, o governo sugeriu um aumento no auxílio-creche, que subiria de R$ 321 para R$ 484,90, e no auxílio-saúde, que aumentaria de R$ 144,38 para cerca de R$ 215, de acordo com informações do MGI.

De acordo com o Ministério, os servidores com as menores remunerações que recebem os três benefícios passariam a ter um aumento na remuneração total de até 23%. No entanto, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) manifestou descontentamento com a proposta, afirmando que ela prejudica aposentados e pensionistas, que representam mais da metade da categoria.

Além disso, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF) considerou o ganho nos benefícios como insuficiente e criticou a falta de consideração do governo federal em relação às necessidades e direitos dos servidores.

Diante dessa situação, o Sindsep-DF realizou uma assembleia em que a categoria se manifestou contra a oferta do governo. Já a Condsef aguarda a formalização da proposta para convocar uma reunião do conselho deliberativo das entidades que representam os servidores públicos nos demais estados.

A Agência Brasil tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa do MGI para obter um posicionamento do órgão sobre as declarações das entidades representantes dos servidores, mas até o fechamento desta matéria, não recebeu retorno.

Diante desse impasse, os servidores públicos aguardam uma definição e adotam uma postura de resistência contra a proposta do governo, demonstrando que a negociação envolvendo os reajustes de benefícios e salários ainda está longe de um consenso.

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