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Ataques a navios no Mar Vermelho podem impactar comércio internacional e elevar custos, alertam especialistas.

A intensificação dos ataques a navios comerciais no Mar Vermelho por parte dos rebeldes Houthis, a partir do Iêmen, tem gerado preocupações sobre possíveis interferências no comércio internacional marítimo. Recentemente, diversas companhias marítimas decidiram evitar um dos principais corredores comerciais, o que poderá resultar no aumento dos preços do petróleo e de outros bens, alertam especialistas.

Os ataques dos rebeldes Houthis a vários navios ao largo da costa do Iêmen nos últimos dias têm levado grandes transportadoras marítimas, como a MSC (Itália/Suíça), Maersk (Dinamarca) e Hapag-Lloyd (Alemanha), a suspender temporariamente a navegação pelo Mar Vermelho. A gigante petrolífera britânica BP também anunciou a suspensão de todo trânsito nessa região.

Essa sequência de ataques é diretamente relacionada à recente escalada de hostilidades entre o Hamas e Israel. Os Houthis, movimento apoiado pelo Irã, declararam apoio ao Hamas e têm como alvo dos ataques os navios que viajam para Israel. Richard Meade, editor-chefe do jornal de navegação Llyod’s List, ressalta a significância desses eventos, afirmando que “é um mercado muito mais equilibrado que pode ter sérias implicações para a cadeia de abastecimento global”.

A rota do Mar Vermelho é considerada uma “autoestrada do mar” que liga o Mediterrâneo ao Oceano Índico e é responsável por 12% do comércio mundial. Com as complicações decorrentes dos ataques, surge a necessidade de redirecionar os navios para rotas alternativas, como passar pelo Cabo da Boa Esperança, no extremo sul da África. O aumento do tempo de viagem e os custos adicionais representam desafios significativos para o transporte marítimo.

A perturbação no comércio internacional marítimo levou os Estados Unidos a lançarem uma operação naval, apoiada por outros países, para proteger as embarcações na rota do Mar Vermelho. No entanto, os rebeldes Houthis afirmam que os ataques aos navios comerciais não cessarão, independentemente da mobilização global.

A criação de uma nova aliança de proteção marítima pelos Estados Unidos reflete a gravidade da situação, e a postura dos rebeldes Houthis aumenta as preocupações sobre a continuidade dos ataques. A tensão entre as partes envolvidas promete manter a situação como foco de atenção nos próximos dias.

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