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Agência de classificação eleva nota da dívida soberana brasileira após 12 anos, mas alerta para riscos econômicos.

Após 12 anos de rebaixamentos, o Brasil finalmente recebeu uma boa notícia em relação à sua dívida soberana. A agência de classificação de riscos Standard & Poor’s (S&P) elevou a nota do país, saindo de BB- para BB, dois níveis abaixo do grau de investimento.

Essa é a primeira vez desde 2011 que o Brasil recebe uma elevação em sua nota de crédito, garantindo a perspectiva estável para os próximos meses. A última vez em que a S&P havia elevado a nota brasileira tinha sido em 2011, quando o país passou da nota BBB- para BBB. Desde então, o Brasil vinha sofrendo sucessivos rebaixamentos, perdendo o grau de investimento em setembro de 2015.

A agência justificou a melhoria da nota brasileira à aprovação da reforma tributária ocorrida recentemente, afirmando que a conclusão das discussões em torno da modernização do sistema tributário amplia a trajetória de implementação de políticas pragmáticas no país nos últimos 7 anos. No entanto, a S&P alertou para os riscos que ainda rondam a economia brasileira, como as perspectivas de fraco crescimento econômico e a situação fiscal “débil”, o que justificou a perspectiva estável para a nota do país.

Apesar da elevação, a S&P continua a enxergar desafios para a economia brasileira, como desequilíbrios fiscais e projeções econômicas ainda fracas. No entanto, a agência destacou a forte posição externa e a política monetária que está ajudando a reancorar as expectativas de inflação como pontos positivos.

Desde janeiro de 2018, a S&P Global enquadrava o Brasil três níveis abaixo do grau de investimento, mesma nota concedida pela Fitch, outra das principais agências de classificação de risco. Já a Moody’s classifica o país dois níveis abaixo do grau de investimento.

A elevação da nota brasileira é um sinal positivo para a economia do país, e mostra um reconhecimento das medidas tomadas para a melhoria da situação fiscal. Espera-se que esse movimento possa atrair investimentos estrangeiros e contribuir para o crescimento econômico nos próximos anos.

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