Lula empossa Paulo Gonet como novo procurador-geral da República e pede independência do Ministério Público em discurso público.
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O presidente ressaltou a importância do Ministério Público para a sociedade brasileira e para o processo democrático do país, frisando que um procurador não pode se submeter a nenhum poder, incluindo a imprensa. Lula expressou sua intenção de escolher o novo chefe da PGR com mais critério, indicando alguém que “não faça denúncia falsa”. Ele manifestou respeito pela instituição, mas disse que a atuação do órgão na Operação Lava Jato o fez perder a confiança.
Lula também enfatizou a responsabilidade do Ministério Público na garantia da liberdade, democracia e verdade, alertando que as acusações feitas pelo MP não podem ser levianas e que é preciso evitar a pré-condenação de pessoas inocentes. O presidente advertiu que o Ministério Público precisa “jogar o jogo de verdade” para evitar aventuras no país.
Além disso, Lula assegurou que nunca pedirá favores pessoais a Gonet, mas pediu que ele não faça o Ministério Público se diminuir diante da expectativa dos brasileiros. A nova chefe da PGR, por sua vez, ocupou a vaga anteriormente ocupada por Augusto Aras, e passou por sabatina e aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e pelo plenário da Casa.
Paulo Gonet é membro do Ministério Público Federal desde 1987 e subprocurador-geral desde 2012. Ele possui ampla experiência no campo jurídico e já exerceu diversos cargos de destaque na instituição. Com formação em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) e com mestrado e doutorado na área, Gonet também é professor universitário há mais de uma década. Junto com o ministro Gilmar Mendes, é cofundador do Instituto Brasiliense de Direito Público.
Dessa forma, a posse de Paulo Gonet como procurador-geral da República marca uma nova fase no Ministério Público, sob a expectativa de maior integridade e busca por verdade e justiça. O presidente Lula expressou sua confiança no novo chefe da PGR e ressaltou a importância de sua atuação para o fortalecimento das instituições e para o sucesso do processo democrático no Brasil.