Durante o evento, Amorim destacou a importância da Rússia como “ator necessário” na cúpula do G20 e questionou a “hipocrisia” do Tribunal Penal Internacional (TPI) em relação às sanções contra o país. Segundo o assessor especial de Lula, as sanções impostas à Rússia pelo TPI são um reflexo da hipocrisia internacional, já que as grandes potências também têm cometido violações de direitos humanos em diferentes partes do mundo.
Amorim também criticou o que chamou de “visão unilateral” do TPI em relação à Rússia, afirmando que a postura do tribunal não contribui para a paz e a estabilidade global. Ele ressaltou que, apesar das diferenças políticas, é fundamental manter o diálogo aberto e buscar soluções diplomáticas para os conflitos internacionais.
A declaração de Amorim reflete a posição do Partido dos Trabalhadores (PT) em relação à Rússia e sua participação em fóruns internacionais. Segundo o ex-ministro, o Brasil deseja manter uma relação de diálogo e cooperação com a Rússia, reconhecendo-a como um ator geopolítico de grande importância. Além disso, Amorim enfatizou a necessidade de promover uma política externa baseada no respeito mútuo e na busca pela paz e pela estabilidade global.
A opinião de Amorim também levanta questões sobre a polarização das relações internacionais e a dificuldade de promover o diálogo entre as grandes potências. A presença de Putin na próxima reunião do G20 poderia ser vista como um passo importante para a promoção da diplomacia e da cooperação internacionais, mesmo diante das diferenças políticas e ideológicas.
É importante ressaltar que a opinião de Celso Amorim reflete a posição pessoal do assessor especial de Lula e não necessariamente a posição oficial do governo brasileiro. No entanto, suas declarações levantam questões relevantes sobre a importância da presença da Rússia no cenário geopolítico global e a necessidade de promover o diálogo e a cooperação entre as grandes potências.
