Instituto Albert Einstein e Ministério da Saúde desenvolvem ferramenta para medir vulnerabilidade social de famílias do SUS

As perguntas abrangem dimensões como renda, cuidados de saúde, situação familiar e violência, e a partir das respostas, as famílias podem ser classificadas em graus de vulnerabilidade baixa, moderada ou alta. A importância dessa ferramenta é destacada por Marcio Paresque, gerente de projetos do Einstein, que ressalta a necessidade de conhecer as vulnerabilidades do território nas unidades básicas de saúde para melhorar as estratégias de acesso.
O uso da Escala de Vulnerabilidade Social já foi iniciado em unidades municipais das regiões de Campo Limpo, Vila Andrade e Paraisópolis na cidade de São Paulo, onde foi constatado que 12,6% das famílias atendidas apresentam vulnerabilidade moderada e 7,67% vivem em situação de vulnerabilidade alta. A recomendação é que essa ferramenta seja implementada em outras unidades do SUS em todo o Brasil.
A Prefeitura de Boa Vista, em Roraima, e o estado do Paraná já manifestaram interesse em adotar a escala, provando que sua aplicabilidade está sendo reconhecida e expandida. A Escala de Vulnerabilidade Social foi desenvolvida como parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), uma parceria do Ministério da Saúde com seis hospitais brasileiros sem fins lucrativos.
Criado em 2009, o Proadi-SUS tem como objetivo apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada. A implementação da Escala de Vulnerabilidade Social é mais uma prova do comprometimento em melhorar o atendimento e a assistência no SUS, contribuindo para um sistema de saúde mais inclusivo e eficiente.