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Expectativas baixas e indústria do petróleo empoderada marcam fim da COP28, deixando discussão climática estagnada até COP30 em Belém

A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP) chegou ao fim com um sentimento de impotência por parte dos movimentos populares em relação à indústria do petróleo, que se mantém empoderada mesmo diante da urgência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O evento, que aconteceu em Glasgow, na Escócia, não foi capaz de atender às expectativas de ação concreta para enfrentar a crise climática, e a discussão sobre o tema deve permanecer estagnada até a próxima conferência, a COP30, que está prevista para acontecer em Belém.

A COP26 foi marcada por debates intensos e negociações difíceis, mas o resultado final acabou não surpreendendo, uma vez que as expectativas já eram baixas. A ausência de compromissos concretos por parte das maiores economias do mundo, assim como a influência da indústria do petróleo nos bastidores, contribuíram para o sentimento de frustração dos observadores e ativistas climáticos.

Apesar de alguns avanços nas negociações, como a inclusão do termo “fim do carvão” no documento final, a COP26 foi marcada pela falta de medidas efetivas para conter o aquecimento global. A ausência de metas mais ambiciosas de redução de emissões e a falta de compromissos financeiros concretos para apoiar os países em desenvolvimento na transição para uma economia de baixo carbono foram pontos de grande preocupação.

Além disso, a influência da indústria do petróleo e de outras energias fósseis foi evidente durante as negociações, com lobby intenso e resistência a mudanças significativas. Isso acabou gerando um sentimento de impotência por parte dos movimentos populares e da sociedade civil, que viram a urgência climática ser subjugada pelos interesses financeiros e políticos.

Diante desse cenário, a expectativa é que a discussão climática fique estagnada até a próxima conferência, a COP30, que está marcada para acontecer em Belém. Até lá, o desafio será manter a pressão sobre os governos e a indústria para que medidas efetivas sejam tomadas, garantindo a sobrevivência do planeta frente às mudanças climáticas. A sociedade civil e os movimentos populares terão um papel fundamental nesse processo, cobrando ações concretas e promovendo a conscientização sobre a urgência do tema. A esperança é que, com mobilização e pressão constante, seja possível conquistar avanços significativos na próxima conferência.

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