A COP26 foi marcada por debates intensos e negociações difíceis, mas o resultado final acabou não surpreendendo, uma vez que as expectativas já eram baixas. A ausência de compromissos concretos por parte das maiores economias do mundo, assim como a influência da indústria do petróleo nos bastidores, contribuíram para o sentimento de frustração dos observadores e ativistas climáticos.
Apesar de alguns avanços nas negociações, como a inclusão do termo “fim do carvão” no documento final, a COP26 foi marcada pela falta de medidas efetivas para conter o aquecimento global. A ausência de metas mais ambiciosas de redução de emissões e a falta de compromissos financeiros concretos para apoiar os países em desenvolvimento na transição para uma economia de baixo carbono foram pontos de grande preocupação.
Além disso, a influência da indústria do petróleo e de outras energias fósseis foi evidente durante as negociações, com lobby intenso e resistência a mudanças significativas. Isso acabou gerando um sentimento de impotência por parte dos movimentos populares e da sociedade civil, que viram a urgência climática ser subjugada pelos interesses financeiros e políticos.
Diante desse cenário, a expectativa é que a discussão climática fique estagnada até a próxima conferência, a COP30, que está marcada para acontecer em Belém. Até lá, o desafio será manter a pressão sobre os governos e a indústria para que medidas efetivas sejam tomadas, garantindo a sobrevivência do planeta frente às mudanças climáticas. A sociedade civil e os movimentos populares terão um papel fundamental nesse processo, cobrando ações concretas e promovendo a conscientização sobre a urgência do tema. A esperança é que, com mobilização e pressão constante, seja possível conquistar avanços significativos na próxima conferência.