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1. Crise da democracia: Poderes públicos em descrédito e deslegitimação em meio a instabilidade política e desconfiança.




Artigo Jornalístico

Crise Institucional no Peru: Democracia em Colapso

A crise política no Peru atingiu níveis preocupantes, com o país à beira de uma decomposição institucional sem precedentes. Os índices de desaprovação para as autoridades públicas são alarmantes, atingindo 93% no poder legislativo, 88% no executivo, 80% no Tribunal Constitucional e 82% na Defensoria Pública. Esses dados refletem o profundo descrédito e deslegitimação das instituições, especialmente nas mãos dos setores de ultradireita, que agora contam com o apoio das Forças Armadas.

A ascensão desse grupo ao poder, após uma série de “golpes brandos” ao longo de 2023, levou o Congresso a adotar posturas ditatoriais, como a iminente derrubada do Conselho Nacional de Justiça, órgão independente responsável por nomear, avaliar e sancionar juízes e promotores. Além disso, a Procuradora Geral da República foi submetida a uma investigação duvidosa e suspensa por seis meses, o que levantou questionamentos sobre a relação entre a Procuradoria e os congressistas.

Internacionalmente, o Peru enfrenta isolamento devido a ações antidemocráticas, como a libertação de Alberto Fujimori, preso por corrupção e crimes contra a humanidade, e a condenação da morte de manifestantes pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Além disso, a grande imprensa vem sendo acusada de mercenarização e manipulação dos fatos, em meio a uma crise política que parece interminável. A “diversidade” na mídia é, na verdade, uma fachada para interesses econômicos e financeiros, comprometendo a imparcialidade da informação.

Em meio ao caos e desgoverno, as forças de ultradireita concentram o poder, com o Congresso e o Executivo negociando interesses em uma lógica obscura. O governo, por sua vez, congelou políticas públicas que beneficiariam a população, agravando a desconfiança e instabilidade política.


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