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Nadia Murad: Uma sobrevivente do terror fundamentalista religioso relata sua história de coragem e luta contra a violência sexual






Nadia Murad: Uma sobrevivente do terror fundamentalista religioso

Nadia Murad: Uma sobrevivente do terror fundamentalista religioso

No dia 16 de agosto, durante a Rio Innovation Week (RIW), tive o privilégio de presenciar a marcante palestra de Nadia Murad Basee Taha, ativista de direitos humanos iraquiana e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2018. Nadia se tornou a primeira Embaixadora da Boa Vontade para a Dignidade dos Sobreviventes de Tráfico Humano das Nações Unidas, desde setembro de 2016. Além dessas conquistas, Nadia recebeu diversos prêmios como o Sakharov para a Liberdade de Pensamento e o Prêmio Václav Havel do Conselho da Europa para os Direitos Humanos, entre outros.

Nadia, uma yazidi, passou por um trauma indescritível em 2014, quando o Estado Islâmico invadiu a região onde vivia, resultando em mortes, sequestros e violência sexual. Ela foi mantida em cativeiro e submetida a terríveis abusos por parte dos terroristas, mas conseguiu escapar.

Em sua palestra, Nadia compartilhou sua jornada de luta e superação, destacando a importância de dar voz às vítimas de violência sexual em conflitos armados. Ela enfatizou a necessidade de conscientizar líderes internacionais sobre a gravidade desse problema e promover ações efetivas para combatê-lo.

Ao criar a Fundação “Iniciativa da Nadia” com o dinheiro do Prêmio Nobel, Nadia se dedicou à reconstrução de comunidades afetadas pela violência e à defesa das vítimas de violência sexual. Através de suas iniciativas, desafia os líderes mundiais a agirem e torna “nunca mais” uma realidade.

Nadia também apresentou o “Código Murad” na ONU, um conjunto de diretrizes para lidar com a violência sexual em conflitos armados. Esse código visa garantir justiça para as vítimas, respeitando seus direitos e promovendo a recuperação das provas.

A história de Nadia é um exemplo de coragem, resiliência e determinação. Sua defesa incansável dos direitos humanos, especialmente das mulheres e comunidades vulneráveis, inspira indivíduos em todo o mundo a se levantarem contra a violência e a injustiça.

Nadia Murad é mais do que uma sobrevivente, ela é uma voz poderosa que ecoa por justiça e igualdade. Sua história nos lembra da importância de lutar pelos direitos humanos e de nunca desistir da busca por um mundo mais justo e compassivo.


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