Justiça afasta sete policiais militares por risco de interferência em investigações de chacina em Pernambuco

A Justiça de Pernambuco acatou o pedido do Ministério Público pernambucano e determinou o afastamento de sete policiais militares de suas funções por risco de interferência nas investigações da chacina que ocorreu no bairro Tabatinga, em Camaragibe, região metropolitana de Recife, em setembro deste ano. Além disso, outros cinco policiais já tinham sido presos em uma operação da Polícia Civil.

A referida chacina teve início após a morte de dois policiais militares, o cabo Rodolfo José da Silva e o soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana. Esse acontecimento resultou na morte de nove pessoas, incluindo o próprio suspeito, Alex da Silva Barbosa, e três de seus irmãos. Os corpos da mãe e da esposa de Alex também foram encontrados num canavial no município de Paudalho, a cerca de 28 quilômetros de Camaragibe.

As investigações revelaram que a execução da família de Alex foi motivada por vingança após a morte dos dois militares. Além disso, durante a troca de tiros entre Alex Barbosa e os policiais, uma adolescente grávida foi atingida na cabeça e morreu mais de um mês depois. O bebê, no entanto, sobreviveu ao nascimento prematuro.

A decisão de afastamento dos sete policiais pelas autoridades teve como base o trabalho conduzido pela Promotoria de Justiça Criminal de Camaragibe, do Controle Externo da Atividade Policial e do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado.

É importante ressaltar que não foram divulgados os nomes dos policiais presos e afastados.

Esses acontecimentos refletem a complexidade e gravidade da situação, levando a Justiça e as autoridades competentes a tomar medidas urgentes e necessárias para garantir a transparência e eficácia das investigações em andamento. Espera-se que a atuação conjunta das instituições envolvidas contribua para o esclarecimento dos fatos e a responsabilização dos envolvidos, trazendo justiça para as vítimas e suas famílias.