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Brasil é reconhecido como país campeão em esforços pelos direitos de pessoas refugiadas durante Fórum Global para Refugiados da ONU.




Artigo sobre Reconhecimento Global do Brasil no Fórum Global para Refugiados da ONU

O Brasil teve seus esforços em prol dos direitos de pessoas refugiadas reconhecidos durante o Fórum Global para Refugiados da ONU, que está sendo realizado nesta semana em Genebra, na Suíça.

O Estado brasileiro foi elencado como um país de referência global em diferentes frentes de atuação para o tema. Ao lado de nações como Canadá e Portugal, se destacou por seus procedimentos de reunificação familiar e também pelo modo como conduz o processamento de solicitações de refúgio.

Ao ser considerado um país “campeão” (champion, em tradução livre) pelo fórum, o Brasil é visto como um país habilitado para liderar discussões globais em torno do tema nos próximos anos.

“É um importante reconhecimento de tudo o que tem sido construído no Brasil em políticas para atender pessoas em situação de deslocamento forçado e necessitadas de proteção internacional”, afirma a presidente do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), Sheila de Carvalho. “É gratificante ver o Brasil se tornando uma referência em boas práticas para a comunidade internacional”, diz ainda.

Assessora especial no Ministério da Justiça e representante da pasta junto ao fórum da ONU, Carvalho afirma que o país aprimorou recentemente os mecanismos de atendimento a refugiados em situação de vulnerabilidade, como afrodescendentes, pessoas LGBTQIA+ e mulheres vítimas de violência de gênero.

Além de representantes do Ministério da Justiça e do Ministério das Relações Exteriores, a delegação brasileira enviada a Genebra foi integrada pela ativista Maha Mamo, ex-apátrida e hoje cidadã brasileira.

“O Brasil é um exemplo hoje e tem que continuar liderando as boas práticas para erradicar a apatridia no mundo inteiro. Todos temos direito a pertencer”, diz Mamo.

Durante o evento, que é realizado pela agência da ONU para refugiados (Acnur) a cada quatro anos, países integrantes do bloco regional Mercosul se comprometeram a adotar uma série de medidas para fortalecer seus sistemas de asilo e para prevenir e erradicar a apatridia na região, entre outros pontos.

“Os compromissos apresentados pelo Brasil estão alinhados com a longa tradição da região de proteção dos direitos das pessoas refugiadas e apátridas e consolidam o bloco como um espaço de proteção humanitária internacional”, afirma a coordenadora-geral para refugiados do Departamento de Migração e Refúgio do Ministério da Justiça, Luana Medeiros.

Recentemente, a Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça levou à ONU alguns pontos da Política Nacional de Migrações, Refúgio e Apatridia que começou a ser construída neste ano.

Embora a existência da política esteja prevista em lei datada de 2019, ela jamais foi colocada em prática. No início do atual governo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, futuro ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a criação de um grupo de trabalho para se dedicar ao tema.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH


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