Agência Nacional de Energia Elétrica encerra leilão com deságio recorde e previsão de R$ 21,7 bilhões em investimentos.
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A Aneel prevê que o chamado “megaleilão” resultará em investimentos de R$ 21,7 bilhões, sendo o maior valor já anunciado para esse tipo de leilão. O deságio médio do certame foi de 40,85%, o que representa uma economia significativa para o consumidor final, estimada em R$ 37,9 bilhões. Os três lotes contemplam 4.471 quilômetros (km) de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 9.840 MVA, localizados nos estados de Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins.
Sandoval Feitosa, diretor-geral da Aneel, comemorou o sucesso do leilão, enfatizando que ele permite competitividade e um grande deságio para o consumidor final, além de ser extremamente importante para a reconfiguração do sistema. Ele destacou que os leilões realizados recentemente irão agregar mais 17 mil km de linhas de transmissão, representando quase 10% de todo o sistema de transmissão brasileiro.
Além disso, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que este ano foi alcançada a marca de R$ 40 bilhões de linhas de transmissão contratadas no Brasil. Segundo ele, “esses recursos trarão desenvolvimento econômico e social, com geração de empregos diretamente nos estados de Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins, com reflexos positivos em todos os outros estados da federação”.
Os contratos de concessão devem ser assinados em 3 de abril de 2024, e a estimativa da Aneel e do MME é que os empreendimentos gerarão 37 mil empregos diretos e indiretos. A importância do leilão para o nordeste brasileiro também foi destacada, com as linhas permitindo que a região continue sendo a nova fronteira de desenvolvimento de energia renovável no país.
Em resumo, o leilão de transmissão realizado pela Aneel foi um grande sucesso e trará benefícios significativos tanto para o setor elétrico quanto para a economia e o desenvolvimento social do Brasil.