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Submissão do FMI terá consequências devastadoras para a Argentina, alertam especialistas econômicos.






Submissão do FMI

Submissão do FMI

Segundo Luis Caputo, ex-ministro e ex-presidente do Banco Central durante o governo neoliberal de Maurício Macri, a Argentina precisa submeter suas finanças ao Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com Caputo, “Hoje o Estado mantém artificialmente preços muito baixos nas tarifas de energia e transporte através de subsídios. A política sempre fez isso porque assim engana as pessoas, fazendo-as acreditar que estão colocando dinheiro no bolso. esses subsídios não são gratuitos, mas são pagos com a inflação”, declarou o porta-voz dos banqueiros.

Para Caputo, as medidas propostas por Javier Milei, como a dolarização e a eliminação do Banco Central, não garantirão soberania e desenvolvimento para a Argentina. Desse modo, foi necessário gravar duas versões do anúncio governamental para satisfazer as exigências do presidente. No entanto, tais medidas visam, principalmente, a satisfação do capital financeiro, prejudicando a economia argentina.

Ficha corrida de Caputo

Caputo possui um extenso histórico no setor financeiro, atuando em bancos como JP Morgan e Deutsche Bank. Isso gerou críticas sobre seu papel como ministro das finanças da Argentina, visto por muitos como um representante da banca internacional. Dessa forma, medidas como a não-renovação de contratos menores de um ano com o estado e a redução de transferências de recursos do governo federal para as províncias têm gerado preocupações quanto ao impacto negativo na economia e no emprego.

Com o objetivo de acelerar o processo de desindustrialização do país, Caputo também propôs a eliminação de todas as tarifas de importação, o que pode prejudicar o setor industrial argentino e aumentar o desemprego no país.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul


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