
Organização Mundial da Saúde (OMS) pede que governos proíbam sabores de cigarros eletrônicos
LONDRES (Reuters) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta quinta-feira aos governos que tratem os cigarros eletrônicos de forma semelhante ao tabaco, e proíbam todos os sabores, ameaçando as apostas das empresas de cigarros em alternativas ao fumo.
De acordo com a OMS, os cigarros eletrônicos, ou vaporizadores, são vistos por alguns pesquisadores, ativistas e governos como uma ferramenta fundamental na redução das mortes e doenças causadas pelo tabagismo. No entanto, a agência da ONU disse que são necessárias “medidas urgentes” para controlá-los.
A organização citou estudos que afirmam não haver provas suficientes de que os vapes ajudem os fumantes a deixar de fumar. Além disso, ressaltou que eles são prejudiciais à saúde e podem levar à dependência da nicotina entre os não fumantes, especialmente crianças e jovens.
Essa recomendação da OMS vem em um momento em que os cigarros eletrônicos têm ganhado popularidade em todo o mundo, gerando debates calorosos sobre os benefícios e malefícios do seu uso. Muitos defensores dos vapes argumentam que eles são uma opção menos prejudicial do que o tabaco tradicional, enquanto outros levantam preocupações sobre os potenciais impactos negativos para a saúde.
Diante desse cenário, governos ao redor do globo estão sob pressão para tomar medidas regulatórias em relação aos cigarros eletrônicos. A posição da OMS certamente terá influência sobre as decisões dos países, o que pode impactar significativamente a indústria do tabaco e das alternativas ao fumo.