Jaques Wagner descarta Lewandowski no Ministério da Justiça
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), descartou o ingresso de Ricardo Lewandowski, ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal), na chefia do Ministério da Justiça com a saída de Flávio Dino da pasta. Segundo o senador, o presidente Lula (PT) ainda não decidiu quem vai indicar para o comando do ministério, mas sabe quem não vai ser ministro: Lewandowski, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além dele próprio.
Lewandowski era um dos principais cotados para o Ministério da Justiça e Segurança Pública com a saída de Dino e chegou a ser sondado por interlocutores de Lula, mas sinalizou a pessoas próximas que não tem interesse na função. Wagner também já havia descartado as especulações em torno de seu nome para o ministério, preferindo comandar a liderança do governo no Senado e continuar como parlamentar. Enquanto Hoffmann disse a interlocutores que deve permanecer à frente do partido durante as eleições do ano que vem, eliminando as especulações sobre ir para algum ministério neste momento.
Além disso, o nome da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), também foi ventilado nos bastidores para o cargo da Justiça. Pessoas próximas a Lula afirmam que o presidente teria desistido de buscar uma mulher para a pasta, causando críticas por dispensar a ex-presidente da Caixa Rita Serrano e as ministras Ana Moser e Daniela Carneiro (ex-Esportes e Turismo, respectivamente), bem como por não indicar uma mulher para a vaga de Rosa Weber no STF.
Após a indicação de Dino para o STF, o presidente também voltou a sondar aliados sobre a possibilidade de fatiar o ministério e criar uma estrutura só para Segurança Pública. Apesar das conversas, essa hipótese é hoje considerada remota. Wagner defendeu que Dino deixe o Ministério da Justiça nos próximos dias, ainda que a posse na corte deva ocorrer só no ano que vem.
