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Escândalo de propinas abala gabinete de Kishida e reduz apoio público em pesquisa recente da Jiji Press.



Uma nova pesquisa publicada pela Jiji Press na quinta-feira mostrou o apoio público ao gabinete de Kishida em apenas 17,1 %, uma queda de 4,2 pontos percentuais.

As propinas que estiveram no centro do escândalo supostamente foram para membros do partido que excederam suas cotas de venda de ingressos para eventos de arrecadação de fundos do partido.

O escândalo das propinas implica a maior facção dentro do LDP, que era liderada pelo ex-primeiro-ministro Shinzo Abe antes do seu assassinato no ano passado.

O grupo liderado até recentemente pelo próprio Kishida também era suspeito de não ter declarado mais de 20 milhões de ienes nos três anos até 2020, informou o diário Asahi Shimbun.  

Estímulo   

As avaliações de Kishida nas pesquisas caíram desde que foi escolhido como líder de confiança pelo LDP, sempre em disputas internas, em outubro de 2021.

Ele já realizou uma reforma em setembro e no mês passado anunciou um pacote de estímulo no valor de 17 bilhões de ienes (US$ 117 bilhões) para impulsionar a economia em declínio e aliviar o sofrimento causado pela subida dos preços.

Aos 66 anos, Kishida pode governar até 2025, mas há especulações de que ele poderá convocar eleições antecipadas antes de uma provável e difícil votação de liderança interna no PLD no próximo ano.

Analistas disseram que descartar membros da maior facção do LDP, com cerca de 100 membros, poderia tornar o seu trabalho ainda mais difícil.

“Isso pode não dar necessariamente a Kishida mais liberdade no governo, já que a ruptura com a facção Abe poderia complicar a gestão da administração”, disse Naofumi Fujimura, professor de ciência política na Universidade de Kobe, à AFP.

“O escândalo minou significativamente o apoio público ao LDP e ao governo de Kishida. No entanto, permanece incerto se resultará numa mudança de governo, especialmente dado o baixo apoio público aos partidos da oposição”, disse ele.


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