Brasil registra recorde de mortes por dengue em 2023, com 1.079 óbitos até dezembro. Ministério da Saúde investirá R$ 256 milhões para fortalecer vigilância.
A análise histórica realizada pelo Ministério da Saúde, com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), revela que o maior número de óbitos em um ano completo tinha sido registrado em 2022, com 1.053 registros. Ainda assim, os números de 2023 ultrapassaram essa marca preocupante. O ano de 2015, com 986 mortes, também foi lembrado como um dos períodos mais críticos para a proliferação da doença.
Diante desse cenário alarmante, o Ministério da Saúde anunciou a capacitação de aproximadamente 11,7 mil profissionais de saúde durante 2023 para o manejo clínico, vigilância e controle das arboviroses. Além disso, um investimento de R$ 256 milhões será destinado ao fortalecimento da vigilância das arboviroses, na tentativa de conter o avanço da doença.
Uma das medidas anunciadas para tentar conter a disseminação da dengue é a incorporação da vacina contra a doença no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a vacinação não será realizada em grande escala inicialmente, devido à capacidade restrita de fornecimento de doses por parte do laboratório fabricante, Takeda. A vacinação será direcionada para públicos e regiões prioritárias, com a definição das estratégias de utilização das doses disponíveis prevista para as primeiras semanas de janeiro.
Diante da gravidade da situação, o Ministério da Saúde reforçou o apelo para que a população busque atendimento médico ao apresentar os primeiros sintomas da doença, a fim de evitar o agravamento dos casos. A conscientização e prevenção por parte de todos são consideradas fundamentais para reduzir a transmissão das doenças causadas por arboviroses.
