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Edifício Docas de Santos, sede do Iphan-RJ, é reinaugurado após 5 anos de restauração e investimento de R$18 milhões.



Reinauguração do Edifício Docas de Santos – Diário do Rio

Foto: Daniela Reis

O Edifício Docas de Santos, sede da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio de Janeiro, foi oficialmente reinaugurado, nesta última quarta-feira (07/08), após um extenso processo de restauração que durou 5 anos. O edifício recebeu um investimento de mais de R$18 milhões do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O restauro, que começou em dezembro de 2019, envolveu a recuperação completa da fachada e seus ornamentos, a renovação das instalações elétricas e de incêndio, a implementação de um novo sistema de segurança e a adaptação dos ambientes para acessibilidade. Além disso, foram restaurados os bens móveis e integrados, como esquadrias, pisos e paredes. O elevador original foi modernizado e agora está em pleno funcionamento.

A cerimônia de reinauguração contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, que destacou a importância histórica do edifício. “A sede do Iphan-RJ não é apenas um espaço físico. É um testemunho das mudanças na cidade do Rio de Janeiro desde o início do século XX, representando nossa história e nossas esperanças para o futuro” afirmou a ministra.

Também marcaram presença o presidente do Iphan, Leandro Grass; o diretor do Departamento de Ações Estratégicas e Intersetoriais (DAEI) do Iphan, Daniel Sombra; e o superintendente do Iphan-RJ, Paulo Vidal.

Inaugurado em 1908, o edifício foi projetado pelo engenheiro Ramos de Azevedo e construído pela empresa Antônio Januzzi Filho & Companhia para ser a sede da Companhia Docas de Santos. Localizado na Avenida Rio Branco 46, o prédio é um dos poucos remanescentes da abertura da Avenida Central e o último imóvel comercial de porte leve da região. Reconhecido por sua arquitetura eclética, o edifício é ornamentado com elementos náuticos e foi construído com materiais importados de vários países europeus, incluindo França, Bélgica, Alemanha e Itália.

Tombado pelo Iphan em 1978, o prédio passou a ser ocupado pela Fundação Nacional Pró-Memória em 1986 e, posteriormente, pela Superintendência do Iphan no Rio de Janeiro.

Durante a restauração, foram reveladas obras de arte anteriormente encobertas. Destacam-se pinturas no terceiro andar atribuídas aos artistas Del Bosco e Benno Traidler, e retratos de Pedro Álvarez Cabral e Cristóvão Colombo no teto do hall de entrada desse andar. Este piso, conhecido como o pavimento nobre, também é valorizado por suas balaustradas em mármore de Carrara e elementos decorativos que remetem às grandes navegações.

O superintendente do Iphan-RJ, Paulo Vidal, anunciou que o público terá a oportunidade de visitar o edifício, que contará com uma sala de exposição e um auditório para seminários e eventos. “Estamos abrindo a sede da superintendência como a Casa do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro” concluiu Vidal, prometendo que o espaço servirá como um centro para educação patrimonial e promoção da cultura.


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