Marina Silva destaca necessidade de liderança dos países desenvolvidos na transição para fontes alternativas de energia durante a COP 28.

Marina frisou a importância da firme decisão de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis, mencionando o discurso do presidente Lula no início da COP. A ministra ressaltou que é fundamental que os países desenvolvidos liderem a transição rumo ao fim dos combustíveis fósseis e assegurem os meios necessários para que as nações em desenvolvimento possam implementar suas ações de mitigação e adaptação.
Além disso, um estudo da Oxfam revelou que a parcela 1% mais rica da população mundial emite a mesma quantidade de dióxido de carbono que os 66% da população pobre global, enfatizando a desigualdade na distribuição das emissões de gases do efeito estufa. O presidente Lula também tem cobrado os países ricos a cumprirem os compromissos assumidos internacionalmente, como a doação de US$ 100 bilhões ao ano para que nações em desenvolvimento preservem suas florestas.
A COP 28 fez um balanço da implementação do Acordo de Paris e estabeleceu metas para limitar o aumento da temperatura da Terra. Cada país signatário estabeleceu metas próprias de redução de emissão de gases de efeito estufa, chamadas de Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), incluindo o Brasil, que deve reduzir suas emissões em 48% até 2025 e em 53% até 2030, além de alcançar emissões líquidas neutras até 2050.
A COP 29, que será realizada no Azerbaijão, terá como principal expectativa definir novos patamares para financiar a ação climática, enquanto a COP 30, que ocorrerá no Brasil, espera que os países apresentem suas novas NDCs. O Ministério das Relações Exteriores indicou que houve avanços na luta climática desde a adoção do Acordo de Paris, mas ainda há “lacunas significativas” na implementação de compromissos climáticos, principalmente por parte de países desenvolvidos, em termos de esforços passados de cortes de emissões e de obrigações financeiras junto a países em desenvolvimento.