Lula defende taxação internacional para desenvolvimento sustentável em reunião do G20 em Brasília
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No centro do debate, o presidente brasileiro destacou a necessidade de reformar as instituições de governança e de financiamento global, adotando medidas que reflitam a geopolítica atual do século 21. Uma das prioridades da presidência brasileira no G20 é a defesa da reforma das instituições de governança e financiamento global. Essa abordagem visa a equacionar a dívida externa dos países mais pobres, especialmente da África.
Lula destacou que os bancos multilaterais de desenvolvimento precisam direcionar mais recursos de forma ágil para iniciativas que realmente impactem na realidade dos países em desenvolvimento. Além disso, o presidente advogou por sistemas tributários justos, baseados na progressividade e transparência, incidindo não apenas sobre a renda, mas também sobre a riqueza.
No que diz respeito à questão climática, Lula defendeu a necessidade de avançar nos mecanismos de financiamento climático, promovendo uma transição energética com foco na justiça e equidade. A força tarefa do Brasil na presidência do G20 também será destinada a aprimorar a bioeconomia em países em desenvolvimento.
Outro ponto crucial da agenda do G20 será o enfrentamento das desigualdades, a fome e a pobreza. O presidente propôs uma força tarefa global para combater a fome, com a proposta de uma aliança com pilares de compromissos nacionais, financiamento e apoio técnico, visando a erradicação dessas mazelas que assolam grande parte da população mundial.
A presidência do Brasil no G20 será marcada por mais de 100 reuniões oficiais em várias cidades do país, abrangendo reuniões ministeriais, de alto nível e eventos paralelos. O ponto alto será a 19ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
Essa presença do Brasil à frente do G20 representa uma oportunidade histórica para promover mudanças significativas no cenário político e econômico global. Lula fez questão de reforçar a importância da articulação entre as trilhas política e financeira que compõem o G20, ressaltando que as decisões deverão sair do papel para gerar impacto real na vida das pessoas ao redor do mundo.